João Simões Lópes Neto, autor do conto ¨Contrabandista¨, passou a infância nas estâncias de propriedade dos avós, no interior do Rio Grande do Sul. Aos treze anos, partiu para o Rio de Janeiro, aonde estudaria medicina. Por motivos de saúde, voltou para sua cidade natal, passando por várias profissões. Lá ele fez 1doze grupos de teatro, fazendo verdadeiras obras primas como ¨Boitatá¨, ¨A Salamanca do Jarau¨, ¨O negrinho do pastoreio¨. Após uma série de desastres financeiros no mundo de negócios, ele faleceu em completa pobresa.
O conto contrabandista na minha opinião é um conto bem extremo, pois uma hora se passa por um conto emocionante, como na parte que Jango encontra sua filha e bem a tempo de seu casamento, e outra hora bem inesperado, como a parte que Jorge morre. É um conto que eu recomendo, pois tem o tipo de final verdadeiro e não de fábulas que sempre termina bem. Esse sim é um excelente conto.O conto descreve a figura de Jango Jorge, um estancieiro com aproximadamente noventa anos, cuja atividades sempre foi a de contrabandista, um homem fora da lei que transitava pelas fronteiras do Rio Grande. Ele já havia participado de muitas guerras das quais saíra- se vitorioso, atribuindo seus êxitos ao Anjo da vitória a quem sempre reverenciava. Homem valente, jogador inveterado, que quando ganhava no jogo distribuía as moedas aos filhos no terreiro. Trata seus cães a laço, gosta festas e jantas, mas pouco civilizado nessas ocasiões. O autor conta que certa vez, pernotoiou a casa de Jorge, conhecendo sua esposa e os três filhos já moços. A filha de Jango, uma bela jovem em idade de casar, já estava noiva, e o pernoite de blau havia sido na véspera do casamento da moça. O noivo já havia chegado, quando Jango sai de casa para buscar o enxoval da noiva, o que não era de costume. O hospede então se põe a ajudar no abate dos animais que seriam servidos na festa, ao mesmo tempo comemora as atividadesde contrabando no Sul, que já vinha sendo contida pela polícia, que sempre está a disposição nas fronteiras nos últimos tempos. Ao cair da tarde, um convidado gritou que Jango havia chegado, todos correram para recebe- lo, o contrabandista era trazido por uma comitiva, pois havia sido morto pelos guardas que fiscalizavam a fronteira e combatiam o contrabando. A festa acabou antes de começar, o vestido da noiva, o véu, os sapatos e as flores de laranjeira haviam se transformado numa plasmada de sangue.
-Autoria de Pedro C. T. Neto
Prazer, Pedro Cavalcanti.
Sou aluno do ensino fundamental do 9ª ano turma 8, do colégio Sartre COC.
Nenhum comentário:
Postar um comentário