Resenha do conto '' Conto (não conto) ''

Sérgio Santanna , autor do conto  ''Conto(não conto)''  nasceu no Rio de Janeiro  em 1941.Ele já publicou novelas , romances , poesias , e peças de teatro , mas seu forte são os contos.O mesmo  já ganhou duas vezes o prêmio Jabuti , e também foi agradecido com o prêmio Status da leitura duas vezes , além de ter seus trabalhos traduzidos na Itália e na Alemanha. Suas obras  são notórias pelo caráter experimental , abordando temas urbanos , e alguns bem transgressivos.

O conto ''Conto (não conto) '' é um texto metafórico , parte de um vazio , onde tudo que é criado é desfeito , é um conto metaliterário ,  que nos permite enxergar tudo de vários ângulos diferentes , e pensar em coisas que nunca paramos para refletir  , ele '' ativa '' a criatividade do cérebro , é muito bom para manter os neurônios '' em forma ''. A história mistura o real com imaginário , entramos em um universo particular quando lemos , mostrando situações estranhas , como o fato do homem puxar a corroça , tomando o lugar do cavalo , fazendo uma metáfora do homem na posição de seu animal. O autor também mostra  inúmeras formas de interpretação do que é dito , o que pode torná-lo confuso para algumas pessoas . Suas combinações de realidade e imaginação nos leva a emitir reflexões sobre a vida , quando vemos o cavalo sendo devorado pelos vermes representa a mesma estrutura metafórica de vida-morte.O conto transborda ceticismo e ironia , pois apresenta uma grande quantidade de desconfiança sobre as '' verdades '' do mundo , também podemos observar que não há herói , nem espaço , ou tempo , apenas o medo de existir.Tudo isso levando ao mesmo corredor do caos , é um ciclo de 360 ° da vida , todas as metáforas do texto nos levam para uma, que o espaço vazio citado no conto é a metáfora do vazio existencial , tudo que é construído no texto se desfaz , os animais se foram , os arbustos se queimam, é uma metáfora sobre tudo que existe nesse mundo , quê o que vemos agora ou temos um dia se acabará , tudo que restará será um vazio e as histórias do que ouve ali , o que faz o autor fazer uma pergunta de duplo sentido no final : '' contar o quê se não há nada para contar?'' , pois pode se referir as histórias , que são muitas, ou ao que restou , que não foi nada , e assim não tem nada a contar.

Para meus gostos literários , eu não gostei , pois para mim parece um livro escrito por algum psicólogo, me lembra um livro de auto-ajuda ,mas para quem gosta de textos reflexivos e de contos eu recomendaria, pois esse texto se diferencia da maioria, apresenta uma particularidade quê notamos nas obras de Sérgio Santanna.Ele joga com tudo que acreditamos ser verdade e depois de lermos já teremos outra visão do mundo. Não gosto de contos, mas acredito que esse seja um dos melhores contos que tem, o que justifica ele estar no livros dos cem melhores contos do século, enfim, se você gosta de contos, leia este, você não irá se arrepender.

-Autoria de Isadora Reis
Sou Isadora Reis, aluna do 9° ano 8 do sartre coc, conto (não conto) é o primeiro conto que eu já li, sempre fui mais adepta a livros do que contos, principalmente os que tem sequência .

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