Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas
Gerais, em 31 de outubro de 1902. Foi um poeta, contista, e cronista
brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século
XX. Formou-se em farmácia pela Universidade Federal de Minas Gerais, fundou “A
Revista” com Emílio Moura e outros companheiros, para divulgar o modernismo no
Brasil. Escreveu diversos contos como “O Sentimento do Mundo” em 1940, e o
conto infantil “O Elefante” em 1983. Faleceu em 17 de agosto de 1987, no Rio de
Janeiro.
O conto Nossa Amiga
conta a história de uma menina de três anos que vivia entre duas casas, para as
quais ia e voltava sozinha mesmo. Para evitar a mão bisbilhoteira da menina,
inventaram Catarina, uma menina que por brincar com um cachorrinho de vidro que
a mãe não tinha permitido, quebrou-o e tornou-se uma borboleta “bruxa”. E
Pepino que era um velho bêbado e curvado que pegava as crianças. As vezes a
menina não queria ir embora de uma casa para a outra com medo de Pepino.
Falavam que iriam dar uma festa e chamar Pepino, só para a menina ver como ele
era bonzinho e ela com raiva ia embora dizendo que não viria a festa, mas logo
voltava arrumada e de banho tomado. Festas era o motivo pelo qual ela tomava
banho. Por fim, brincava também de mamãe, usando frases colhidas da conversa de
adultos.
O conto é em 3ª pessoa e é uma narrativa simples sobre um
episódio banal do cotidiano, a respeito de uma garotinha de três anos, Luci
Machado de Assis e sua imaginação. A história torna-se em muitos momentos
confusa, pois é cheia de diálogos. Quando a “bruxa” Catarina é descrita,
percebe-se racismo na fala do personagem, como se ser preta fosse algo que a
tornasse feia. Luci é uma criança divertida e com ideias e comportamentos
maduros para sua idade, 3 anos. A intenção do conto é mostrar que as crianças
vão muito além da realidade, buscam ser como os adultos e imitá-los durante
conversas e gestos. Ao fim. Pode ser considerado engraçado pela criação de
personagens como Catarina e Pepino. O velho bêbado que pegava crianças. Para
ser mais completo, o conto poderia ter um momento de tensão para deixar o
leitor ansioso para ler as linhas seguintes, porém, esse momento não existe, a
história não possui uma conclusão, propriamente dita, há um ponto final, mas
fica claro que ainda há história para contar, há personagens e momentos para
serem descrevidos com mais riqueza de detalhes. Finalmente, o conto é simples,
não há recomendação, pois não é um conto que emociona ou inspira, é apenas uma
distração, páginas para serem lidas em algum momento livre do cotidiano corrido
e repetitivo. O texto não tem restrições, pode ser lido por qualquer público
que se interesse por histórias rápidas e pouco detalhadas.
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