RESENHA CRÍTICA: GALINHA CEGA, JOÃO APHONSUS

          João Aphonsus de Guimarães nasceu no dia 6 de abril de 1901.Foi um advogado, jornalista, contista e poeta modernista brasileiro. Iniciou seus estudos em Mariana(MG), aos 17 anos, se mudou para Belo Horizonte, onde finalizou a graduação de direito. O seu primeiro conto escrito foi o “Galinha Cega” no ano de 1931, com 30 anos de idade. Fez mais 4 contos ate às vésperas de sua morte e ganhou o prêmio Machado de Assis , com o conto “Totônio Pacheco”.

         O conto narra a história de um carroceiro que tem um profundo amor pelos animais e por sua mulher, chamada Inácia. Um dia, ele comprou uma galinha de penas brancas e logo a elegeu como a sua favorita do galinheiro. O escritor traz um momento de paixão à primeira vista entre um homem e uma galinha. O animal, humanizado, passa a ter lembranças de sua viagem ao lugar onde nasceu e de sua chegada até aquela cidade, além de possuir pensamentos sobre o seu amor. Nesse trecho, o escritor mostra uma personificação da galinha como se fosse uma pessoa normal. Porém, ao passar os dias , o carroceiro percebe que a cegueira estava começando a afetar a galinha. Depois de algum tempo ela perde totalmente a visão. João Aphonsus, o autor do conto, passa para os leitores uma certa angústia pelo problema do animal, demonstrando seus pensamentos sobre como a visão da galinha tinha se perdido. O carroceiro passou a cuidar melhor do animal , dando-lhe água do poço e milho no bico, tendo assim um carinho e uma atenção especial. Certo dia, alguns meninos pegaram a galinha e começaram a chuta-la, machucando o pobre animal. O carroceiro então saiu para a rua e deu uma chicoteada em um dos garotos, sendo preso logo após, pois o menino era filho do delegado. O  escritor passa uma imagem do carroceiro como um admirador e defensor dos animais, que teve, atitude de compaixão e cuidado com os animal debilitado e, fez tudo para ajuda-lo. No dia seguinte, ao sair da prisão, encontra o animal morto por algum predador. Ficou com raiva de Inácia, pois acreditava que ela poderia ter impedido o ocorrido e reagiu de forma agressiva com a mulher. Nesse momento, João Aphonsus explora no conto, sentimentos de tensão, com ódio, raiva e tristeza do carroceiro, pois ao ter encontrado as galinha morta, agiu de forma agressiva, querendo fazer justiça com as próprias mãos. Novamente preso e liberado na manhã seguinte o carroceiro elaborou uma vingança em prol de seu animal. Determinou que um gambá seria o operante, então armou uma armadilha para descobrir e embebedar o malfeitor. Nesse momento, o conto entra na sua parte final, mostrando como o problema terá o seu desfecho e o que irá acontecer com o malfeitor. O carroceiro fica de tocaia, à espera durante a noite, mas em cima da hora cai no sono, por causa do seu cansaço. João Aphonsus faz com que a história de suspense fique mais descontraída, explorando o humor. Quando o personagem acorda, percebe o gambá por perto, provavelmente bêbado por causa da cachaça. O gambá o finta e começa a rir. O carroceiro então, nota que a lua está esplêndida, e enxota o bicho dali. O gambá sai do galinheiro, segue andando cansado e caba dormindo sobre os galhos de uma pitangueira. O texto que estava seguindo para o contexto dramático, mudou totalmente o seu rumo e teve no final, uma conclusão humorística.

      Gostei do conto, pois o escritor João Aphonsus, soube contar uma história breve e muito divertida. O texto tem uma característica marcante, a personificação de animais. Apresentou com humor a história do carroceiro que tinha uma família e admiração pelos bichos, sendo o personagem preso por duas vezes por acusações graves, abordando temas como agressões à animais , crianças e mulheres.

- Autoria de Vitor Ângelo de Brito Pinheiro  
Prazer, meu nome é Vitor Ângelo, estudo no colegial sartre coc no 9º ano. Tenho 15 anos e sou muito carismático e legal, sei fazer muitas coisas úteis para o dia-a-dia.

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